Incontinência Urinária
- Ana Paula Malinauskas
- 9 de ago.
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A Sociedade Internacional de Continência (ICS) define incontinência urinária como queixa de qualquer perda involuntária de urina sendo uma condição que afeta a qualidade de vida de milhões de pessoas ao redor do mundo.
Estima-se que, globalmente, entre 25% a 45% das mulheres apresentem algum grau de incontinência. Quando não tratada, a tendência é de piora progressiva ao longo do tempo.
Apesar de muitos acreditarem que a incontinência seja algo “normal” do envelhecimento, isso não é verdade: trata-se de uma condição tratável, e quanto antes for identificada, melhores os resultados.
Os fatores de risco são:
Predisposição genética (histórico familiar)
Etnia
Gestação e parto vaginal (número de partos, episiotomia, trabalho de parto prolongado, peso do bebê)
Obesidade
Doenças pulmonares crônicas (com tosse ou espirros frequentes)
Constipação intestinal
Climatério e menopausa
Atividades físicas de alto impacto (como corrida e saltos)
Cirurgias pélvicas (como histerectomia ou prostatectomia)
Radioterapia pélvica (em casos oncológicos)
Alterações neurológicas (como esclerose múltipla, AVC, lesão medular)
Os tipos mais comuns de incontinência são:
Incontinência Urinária de Esforço (IUE):
Queixa de perda involuntária de urina durante esforço físico, espirro ou tosse.
Incontinência Urinária de Urgência (Bexiga Hiperativa):
Urgência, com ou sem incontinência urinária de urgência, geralmente acompanhada de aumento da frequência urinária e noctúria (ter vontade de urinar durante o sono), na ausência de infecção do trato urinário ou outra patologia evidente.
Incontinência Urinária Mista:
Combinação dos dois tipos anteriores, com sintomas tanto de esforço quanto de urgência.
A fisioterapia pélvica é atualmente reconhecida como tratamento de primeira escolha, especialmente nos casos de incontinência urinária de esforço, urgência e mista. Entre os recursos utilizados, destacam-se:
Treinamento musucular do assoalho pélvico
Treinamento vesical
Neuromodulação
Eletroestimulação
Orientações comportamentais
O objetivo do tratamento é restaurar o controle urinário, reduzir o impacto social e emocional da incontinência, prevenir o isolamento social e promover qualidade de vida e autonomia.



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